sábado, 30 de janeiro de 2016

Cardápio em braille oferece independência ao deficiente visual

Segunda-feira, 25/01/2016, às 10:40, por Renato D'avila

Após mostrarmos as dificuldades no uso do transporte coletivo, entrarmos um pouco na rotina de férias, mostrando as novas regras da Lei Brasileira das pessoas com deficiência, vamos mostrar com "Novo Olhar" as dificuldades que enfrenta uma pessoa com deficiência visual na hora de seguir na busca por a tão sonhada acessibilidade nos bares e restaurantes, como já existe em lei desde 2006, mas que ainda não si encontram presentes nos estabelecimentos comercias em Sergipe.

Lembro-me que diversas vezes as dificuldades para ler um cardápio eram grandes. Muitas vezes o garçom já vem oferecendo os serviços do estabelecimento e perguntando "O que ele vai querer?".

No início parece engraçado, mas constantemente é algo que inquieta a pessoa com deficiência de qualquer natureza. Muitas vezes o barzinho chega a ser algo de constrangimento para pessoas com deficiência auditiva, pois nem sempre conseguem encontrar alguém que possa descrever os pratos ou no caso de um deficiente visual, alguém disposto a ler as páginas descrevendo os pratos oferecidos.

Mas esta realidade vem sendo alvo de preocupação em alguns estabelecimentos, que foram atrás de solução, como exige os órgãos fiscalizadores municipais. Dúvida que ainda fica no ar é se as pessoas com deficiência se adaptam ao cardápio em Braille ou o áudio descritivo, que atende também pessoas com baixa visão e vão além daquelas pessoas que utilizam o sistema braile, já que exige alfabetização e permite leitura sobre pontos em relevo no papel específico. Exemplo de que hoje a preocupação em atender este público vem ganhando espaço é o caso de Josivaldo e seus amigos, deficientes visuais, que vêm a novidade com esperança para seguirem na autonomia, frequentando estes estabelecimentos e saindo da ociosidade que si encontram muitas vezes, neste período de recesso das instituições.

"Fato é que abrir um cardápio e ler suas páginas pode ser chato ou cansativo para quem lê, mas esse simples gesto era importante para os deficientes visuais terem acesso as suas informações. Com a criação desta lei, um simples ato passa a ser direito, o cardápio acessível. Então vamos contribuir com esta causa e mostrar que não é apenas favor, mas direito destes cidadãos”.

"Demorou, mas está sendo gratificante para gente encontrar cardápio em braile. Sair da condição de dependência e conquistar autonomia nos restaurantes abrir uma nova rota pra gente, que muitas vezes ficamos em casa ou somos esquecidos pela sociedade", explicou Jocivaldo Silva de Jesus, em entrevista para "Novo Olhar".”

Texto original: G1 - NOVO OLHAR

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